A repressão policial não pode continuar sendo tratada de forma negativa.

Qual sociedade humana se mantém organizada sem a atividade policial?
 
Os brasileiros são iludidos por teorias infundadas de que toda a violência existente no Brasil ocorre em razão da falta de atuação da polícia ou por seus erros ou excessos.
 
Especialistas e políticos descompromissados com a verdade enganam a população induzindo-os a pensar que as polícias brasileiras poderiam atuar de forma diferenciada numa sociedade onde a violência tem sido uma característica de nossa cultura, por mais que não queiramos aceitar. 
 
A população necessita saber o que afirma Paulo Freire; "o trabalho teórico desenvolvido à margem de qualquer prática tenderia a se transformar em mero jogo: “Nossa experiência na universidade tende a nos formar à distância da realidade. Os conceitos que estudamos na universidade podem trabalhar no sentido de nos separar da realidade concreta à qual, supostamente, se referem. Os próprios conceitos que usamos em nossa formação intelectual e em nosso trabalho estão fora da realidade, muito distantes da sociedade concreta. Em última análise, tornamo-nos excelentes especialistas, num jogo intelectual muito interessante – o jogo dos conceitos: é um balé de conceitos” (FREIRE & SHOR, 1987:131)."
 
Há duas décadas essas figuras jogam com a população culpando a polícia por tudo. Inclusive pela opção que o estado brasileiro fez em deixar as pessoas a margem da miséria social.  

A polícia é o braço armado do Estado. Celso Ribeiro Bastos diz: “Se a lei, no contexto democrático, garante ou deveria garantir a liberdade individual, cujo único limite seria o caráter universal desse benefício, isto é, seria o direito dos outros a essa mesma liberdade, a aplicação da lei, tarefa policial por excelência, corresponderá à defesa da liberdade, sempre que ela estiver em risco pelo uso ilegítimo da liberdade individual, aquele que reduziria e desrespeitaria a liberdade alheia. Assim, compreende-se que a repressão policial, se bem orientada e aplicada segundo a adequação legal do uso da força (ou, no jargão técnico, segundo a gradiente do uso da força), por definição compatível com os direitos humanos, não pode ser tratada de uma perspectiva unilateralmente negativa, como se fosse uma problemática suja e degradante, que não nos dissesse respeito e que jamais deveria ter curso na sociedade. Reprimir uma agressão física, atos de violência, assaltos, ataques racistas, misóginos e homofóbicos, ameaça às crianças e aos indefesos, muitos outros crimes desse teor constitui um ato de defesa da vida e de afirmação dos direitos civis."
 
É chegado a hora de realizarmos essa discussão de forma correta. É preciso constranger os governantes para que se discutam segurança pública e atividade policial através de critérios transparentes.
 
A população sofre pela necessidade do trabalho policial e por acreditar que o policial é seu inimigo. A repressão policial não pode continuar sendo tratada de forma negativa. É um serviço público necessário a maioria das pessoas. Se existem policiais corruptos e violentos eles devem ser banidos através de processos ágeis e eficientes.