2014 - A disputa verdadeira não é do PT contra o PSDB. É sobre o direito da maioria da população de ascender socialmente e viver com dignidade.


Como achei que não haveria Copa, imaginando que a mídia teria sucesso em sua campanha, fiquei três meses sem postar neste terapêutico blog. A Copa das Copas foi um orgulho para o Brasil e os brasileiros, apesar dos pesares.
 
Percebi, nesse período, pois já havia participado da organização dos Jogos do Pan no Rio em 2007, que o Brasil caminha de forma ascendente mostrando sua capacidade de trabalho e sendo reconhecido com uma Nação que já é respeitada pelos "gringos" de qualquer origem.
 
Os “Brasileiros angustiados” com o comando político atual, orientados por uma mídia sectária que sempre ignorou e usou a miséria e os miseráveis para seu entretenimento, acostumados com os privilégios, por menor que fossem, mas sempre beneficiando seus grupos, assustam-se ao perceber que os aeroportos não são mais seus, que as faculdades passaram a privilegiar um público mais pardo, mais pobre e oriundo da escola pública. Que as ruas estão atoladas de carros dirigidos por trabalhadores assalariados, que não servidores públicos. Que máquina de lavar, televisor, geladeira e luz elétrica não é mais coisa de rico. Ora, falam, que presunção? Até onde esta gente pensa que vai?   
 
A liderança desse processo foi realizada por um metalúrgico, homenageado como "honoris causa" por países e organizações humanitárias de todo o mundo, reconhecido pelo brilhantismo pelo qual administrou e representou o Brasil. Sucedido pela primeira mulher presidente do Brasil, recentemente ofendida por ricos, remediados e metidos a torcedores na Copa, que mostraram ao mundo sua falta de educação. Os dois  têm causado sensações horripilantes para os "brasileiros angustiados" que perguntam: como nossos presidentes com formação universitária não obtiveram tamanho reconhecimento? Como podem ter deixado esse metalúrgico discutir e apontar o dedo para os dirigentes de Nações que achávamos superiores ao Brasil?
 
Numa festa macabra, realizada na maior casa representativa da Justiça Brasileira, foi encenada a peça "O Mensalão do PT". Com enorme sucesso e audiência, como se fosse uma novela global. Através de fartos espaço da mídia chamaram o dito crime como o maior da história do Brasil. Deve ser por esse motivo que não produziram a novela mexicana “O Mensalão do PSDB”. Apenas para ser justo, houve a produção regional “O Mensalão do DEM”, mas tudo bem, ninguém esta preso.
 
Os outros brasileiros, maioria populacional e minoria econômica, beneficiados pela política realizada há três mandatos, de uma hora para outra passaram acreditar que deveriam ter as mesmas condições financeiras dos afortunados de sempre. Rebelam-se porque passaram a acreditar que seus salários precisam render de forma semelhante às fortunas acumuladas por séculos neste País. Muitos tão “inocentes” que não perceberam que a transparência hoje existente foi criada por este Governo e não por aqueles que "engavetavam e escondiam" os esquemas.  Ignoram que a corrupção sempre existiu e sempre existirá. A fiscalização deve ser permanente e as punições rigorosas e constantes.
 
Os partidos políticos brasileiros, rebaixados ao mesmo patamar, servem para manter a nossa organização política. Não existe candidato sem partido. Mas todos apresentam os mesmos defeitos e as mesmas falhas. Muitas delas necessárias para a eleição de seus representantes, mas algumas indignas e criminosas. Portanto, aquele que nelas incorrer deve ser punido. Honestidade não deve ser um elemento que qualifique ou isente qualquer candidato a gestor público. A história mostra que o poder corrompe e que os indivíduos são corrompíveis. As estruturas fiscalizatórias devem sair da burocracia e trabalhar pelo desenvolvimento do País. Denunciar depois do ocorrido é conivência. Por que os órgãos de fiscalização não participam da elaboração e licitação de projetos?
 
A política atual, a meu ver, é melhor para o Brasil. Ela é mais transparente, mais pessoas discutem e tem acesso as informações. Um governo que foi fragilizado pela ação de alguns de seus integrantes, processados e presos, é muito melhor do que qualquer governo que não permite o acesso a suas negociações e negociatas. Como a corrupção é inerente aos seres humanos, não há de se pensar que os outros serão honestos, já que nunca foram.  As instituições públicas devem estar estruturadas acima dos interesses dos indivíduos. Esta será a única forma possível para reduzir a corrupção.
 
Já tendo ocorrido a Copa das Copas caminhamos para mais uma disputa eleitoral. A disputa verdadeira não é do PT contra o PSDB. É sobre o direito que tem a maioria da população para ascender socialmente e viver com dignidade. Os assalariados deste País acreditam que devem ser beneficiados pelos impostos que pagam com a melhora dos serviços públicos. Os afortunados devem contribuir e ser beneficiados em iguais condições, assim como qualquer cidadão desta Nação. Não deveriam se opor ao esforço que esta sendo realizado para que a maioria da população brasileira tenha acesso eficiente à educação, saúde, esporte, segurança e cidadania. Somente assim o Brasil será maior e melhor.
 

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