A intolerância racial brasileira de Mandela a Obama

Quando Obama foi declarado primeiro presidente negro dos Estados Unidos um considerável número de brasileiros e a mídia, alguns politicamente corretos, comemoraram o feito como se fizessem parte da conquista. Através de manifestações ruidosas, do uso de bótons, camisetas, adesivos em carros e sorrisos largos afirmavam que nada seria como antes. Alguns, inclusive, acharam que Obama, por ser negro, não era americano.
 
Nós, os de pele negra, surrados pela vida, procurávamos entender onde tal mudança chegaria ao País.  Será que o Brasil e os brasileiros, finalmente, iriam perceber a necessidade de mudanças que permitissem o ingresso de negros graduados e capacitados em postos estratégicos nas estruturas de governos e de empresas privadas? Seria ação inicial na busca de uma verdadeira democracia racial no Brasil? Ou tratava-se apenas em uma demonstração fraterna à maioria da população deste País para que permaneçam calmos e dóceis?
 
Mandela esta sendo comemorado como o homem que reinaugurou o continente africano. Um País antes racista por excelência para uma democracia de tolerância racial entre a minoria branca e a maioria negra. Presidentes, autoridades e a mídia nacional disputam a oportunidade para prestarem  homenagens, na África, ao falecido, querendo mostrar alguma motivação diferente.
 
Em sentido contrário ao apoio manifesto a Obama e Mandela no Brasil continuamos a conviver com a simulação da existência de igualdade racial. Garantindo a maioria negra os postos de menor reconhecimento social e financeiro lava-se as mãos na tentativa de que mudem essa condição "por méritos pessoais". Mesmo em cargos de confiança, de livre escolha, os dirigentes "politicamente corretos" defendem ações de cotas mas não as praticam em suas indicações.
 
Enquanto isso as fotografias de nossos governos, municipal, estadual e federal, são muito mais claras do que as imagens de governos de países onde a segregação racial é admitida e existente.
 
Infelizmente não podemos nos emocionar com as festivas homenagens a Obamas vivos e Mandelas mortos. A intolerância racial brasileira ainda os supera. Prevalece a postura "politicamente correta" ao invés da mudança cultural.
 
Foto de revista semanal que fez manchete sobre o sucesso de negros no Brasil. Provou o que não queria: negros de sucesso ainda são contatos nos dedos.

Os funcionários públicos aceitam suborno e são corruptos porque os cidadãos de bem os subornam e pagam propinas.

"Quase 70% dos países da lista têm "sérios problemas", com funcionários dispostos a receber suborno."
 
"Relatório da organização Transparência Internacional sobre a percepção de corrupção ao redor do mundo divulgado nesta terça-feira (3) aponta que o Brasil é o 72º colocado no ranking entre os 177 países analisados, um posto modesto mesmo entre os vários países das Américas." G1
 
"Apesar de ter caído apenas um ponto, o Brasil não deveria estar feliz com sua pontuação. Não é suficiente ter o poderio econômico, se você não pode dar o exemplo com bom governo", afirmou Alexandro Salas, diretor para as Américas da Transparência Internacional, segundo a France Presse."
 
O especialista acima deveria preocupar-se com seu País, muito mais do que com o Brasil. Até porque, em suas pesquisas, focam a corrupção dirigindo-a aos servidores dispostos a serem subornados, como se esse fosse o crime principal. E os que subornam? Onde eles estão concentrados?
 
No enfrentamento da corrupção e, inclusive, em suas análises, prevalece a hipocrisia de optar por esquecer o subornador, aquele que deseja levar vantagem sobre os outros, beneficiado pelo pagamento de vantagem ilícita.
 
Enquanto, principalmente no Brasil, continuarmos acreditando que adianta prender os servidores corruptos e não extirparmos os "cidadãos e empresários de bem" que adoram um jeitinho para levar vantagem ilícita, a corrupção continuará em índices elevados.
 
Muito ridícula é a comparação dos índices de desenvolvimento do Brasil, uma nação que ficou escravizada por mais de quinhentos anos, com países que têm uma população reduzida, com elevado nível cultural e que se desenvolve há vários séculos.
 
Esta vontade de dizer que no Brasil estamos muito atrasados é o diagnóstico equivocado propositalmente. Estamos no processo pelo qual todos os países desenvolvidos passaram, no seu devido tempo.
 
Enquanto estivermos dependente de uma mídia familiar, de banqueiros inescrupulosos e de pessoas que acumulam bens a qualquer custo, e em prejuízo da maioria da população, continuaremos subdesenvolvidos.  
 
Os funcionários públicos aceitam suborno e são corruptos porque os cidadãos de bem os subornam e pagam propinas.

A repressão policial não pode continuar sendo tratada de forma negativa.

Qual sociedade humana se mantém organizada sem a atividade policial?
 
Os brasileiros são iludidos por teorias infundadas de que toda a violência existente no Brasil ocorre em razão da falta de atuação da polícia ou por seus erros ou excessos.
 
Especialistas e políticos descompromissados com a verdade enganam a população induzindo-os a pensar que as polícias brasileiras poderiam atuar de forma diferenciada numa sociedade onde a violência tem sido uma característica de nossa cultura, por mais que não queiramos aceitar. 
 
A população necessita saber o que afirma Paulo Freire; "o trabalho teórico desenvolvido à margem de qualquer prática tenderia a se transformar em mero jogo: “Nossa experiência na universidade tende a nos formar à distância da realidade. Os conceitos que estudamos na universidade podem trabalhar no sentido de nos separar da realidade concreta à qual, supostamente, se referem. Os próprios conceitos que usamos em nossa formação intelectual e em nosso trabalho estão fora da realidade, muito distantes da sociedade concreta. Em última análise, tornamo-nos excelentes especialistas, num jogo intelectual muito interessante – o jogo dos conceitos: é um balé de conceitos” (FREIRE & SHOR, 1987:131)."
 
Há duas décadas essas figuras jogam com a população culpando a polícia por tudo. Inclusive pela opção que o estado brasileiro fez em deixar as pessoas a margem da miséria social.  

A polícia é o braço armado do Estado. Celso Ribeiro Bastos diz: “Se a lei, no contexto democrático, garante ou deveria garantir a liberdade individual, cujo único limite seria o caráter universal desse benefício, isto é, seria o direito dos outros a essa mesma liberdade, a aplicação da lei, tarefa policial por excelência, corresponderá à defesa da liberdade, sempre que ela estiver em risco pelo uso ilegítimo da liberdade individual, aquele que reduziria e desrespeitaria a liberdade alheia. Assim, compreende-se que a repressão policial, se bem orientada e aplicada segundo a adequação legal do uso da força (ou, no jargão técnico, segundo a gradiente do uso da força), por definição compatível com os direitos humanos, não pode ser tratada de uma perspectiva unilateralmente negativa, como se fosse uma problemática suja e degradante, que não nos dissesse respeito e que jamais deveria ter curso na sociedade. Reprimir uma agressão física, atos de violência, assaltos, ataques racistas, misóginos e homofóbicos, ameaça às crianças e aos indefesos, muitos outros crimes desse teor constitui um ato de defesa da vida e de afirmação dos direitos civis."
 
É chegado a hora de realizarmos essa discussão de forma correta. É preciso constranger os governantes para que se discutam segurança pública e atividade policial através de critérios transparentes.
 
A população sofre pela necessidade do trabalho policial e por acreditar que o policial é seu inimigo. A repressão policial não pode continuar sendo tratada de forma negativa. É um serviço público necessário a maioria das pessoas. Se existem policiais corruptos e violentos eles devem ser banidos através de processos ágeis e eficientes. 
 
 

Cotas para cargos de indicação política (DAS - CC) de ministros e secretários

Que as cotas são necessárias não há o que discutir. Se faz necessário, agora, descobrir se a política governamental sobre cotas raciais é verdadeira ou demagógica.  É necessário solicitar a  Presidenta que nomeie um percentual de ministros e secretários de estados afrosdescendentes.

Além disso, encaminhe projeto obrigando governos estaduais e prefeitos, da mesma forma, a fazerem indicações políticas de secretários e diretores de órgãos públicos, negros. Ou irá prevalecer a política do "faz o que digo mas não faz o que faço".

Vamos colocar cor nesta fotografia? 
Existe alguém ou instituição por aí que levante esta bandeira?


A Notícia
Correio Braziliense: Negros terão 20% das vagas em concursos 
 
"O governo reservará 20% das vagas em concursos públicos federais para negros. A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou ontem, durante abertura da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei que cria as cotas para afrodescendentes nos quadros do funcionalismo, além de uma mensagem de urgência que trancará a pauta da Câmara dos Deputados.
Em discurso, Dilma avaliou que a iniciativa tem imenso potencial transformador e pediu um amplo debate. Ela também cobrou celeridade dos parlamentares. “O projeto da lei das cotas no serviço público institui um percentual mínimo. E é mais um exemplo para os outros entes da federação, estados e municípios, e também dos demais poderes, Legislativo e Judiciário”, ressaltou a presidente.
Ela comentou que o projeto deve estimular um processo de reformulação nos quadros do governo e no setor privado. “Nós queremos, com essa medida, iniciar a mudança na composição racial da administração pública federal, tornando-a representativa da composição brasileira. Esperamos também incentivar medidas similares a empresas”, completou.
Para Mamede Said Maia Filho, professor de direito administrativo da Universidade de Brasília (UnB), a criação de cotas para negros como política temporária para superar desigualdades é interessante. Mas ele destacou que o processo precisa ser avaliado e monitorado pelo governo para que seja encerrado na medida em que os abismos forem superados.
Um dos fundadores da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) e presidente do Grupo Vestcon, Ernani Pimentel, avaliou a decisão de Dilma como “jogada eleitoral”. Ele disse não haver nenhuma racionalidade nessa medida, uma vez que a segregação no país se dá pela falta de condições financeiras. “Quem não tem dinheiro deixa de se preparar bem para poder competir porque a educação no Brasil é mais cara. Não é o negro que tem que ser beneficiado. Há muitos afrodescentens ricos. Os pobres, sim, precisam ser favorecidos”, detalhou. Pimentel sugeriu que o governo crie bolsas de estudo para que parte da população possa ter acesso a ensino de qualidade na hora de se preparar os concursos.
Somente entre agosto e outubro de 2013, o Ministério do Planejamento confirmou concursos para seis instituições públicas, que reúnem 2,8 mil vagas e devem acontecer até junho. A estimativa da pasta é de que mais de 47 mil pessoas ingressem no Executivo no próximo ano. O Projeto da Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2014 prevê que, desse número, 42.353 são cargos vagos e novos, e 4.759, para substituição de terceirizados."

A excessiva miséria no Brasil, principalmente dos jovens, afeta o futuro da Naçao.


Os governos são formados por pessoas. Pessoas são capazes de fazer o bem e o mal, algumas vezes com a mesma desenvoltura, conforme seus interesses pessoais. Todos somos cidadãos de bem até prova em contrario. Mas podemos deixar de sê-lo a qualquer momento. Acredite, isso é verdadeiro.

Equivocam-se ou usam de maldade aqueles que afirmam que os partidos políticos A ou B são determinantes para que uma pessoa seja melhor ou pior, honesto ou ladrão.

Porém, é possível afirmar que a concepção política do partido que governa o Brasil é responsável pela maciça distribuição de renda aquelas pessoas que sempre foram abandonadas por outras gestões. Assim como é possível  afirmar que a excessiva miséria dessas pessoas, principalmente dos jovens, afeta o futuro do Brasil ou afetaria de qualquer Nação.

Comento com meus botões este tema para manifestar minha indignação com aquelas pessoas que, desinformadas ou de forma proposital, querem mudanças a partir da orquestração de quem não tem contato com essa miséria, a não ser quando jogam uma moeda aos pedintes de rua.

Neste grupo, de forma surpreendente, encontra-se um respeitável segmento de servidores públicos, a maioria oriunda de famílias pobres que garantidos pelo salário mensal do erário se vêem como a classe mais poderosa da nação.

Outros, sem ter nenhuma preparação para o debate, ou muito bem preparadas para a disputa política, afirmam que o governo deveria dar trabalho para esta gente. Esquecem que os filhos desse povo necessitam de condições dignas para poder se desenvolver.  Se isso não acontecer o ciclo continuara sendo repetido.

Como dizia o famigerado e antológico quadro de Chico Anysio muitos “têm nojo de pobre”.

Ilustrando a amplitude dos programas sociais realizados pelo governo copio informação do site do MDS. Vinte e cinco milhões de famílias corresponde a metade da população brasileira.
 

 
“Uma base de dados com informações sobre cerca de 25,8 milhões de famílias brasileiras e principal ferramenta para construção de políticas públicas voltadas à redução da pobreza e das desigualdades no Brasil, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal é referência, atualmente, para 18 programas e ações da União voltados à população de baixa renda. O número de famílias inscritas corresponde a 82,4 milhões de pessoas, ou seja, mais de 40% da população brasileira. 
O público prioritário do Cadastro Único é formado por 18,5 milhões de famílias que recebem, por mês, até R$ 140 por pessoa. Destas, 13,8 milhões são atendidas pelo Programa Bolsa Família. Outras 7,3 milhões de famílias têm renda que varia entre R$ 140,01 mensais por pessoa ou possuem renda familiar total de até três salários mínimos. 
- Aposentadoria para Pessoa de Baixa Renda
- Auxílio Emergencial Financeiro – Bolsa Estiagem
- Programa Brasil Alfabetizado - PBA
- Carta Social
- Carteira do Idoso
- Política de Cisternas
- Isenção de taxa para concursos públicos
- Passe Livre
- Programa Bolsa Família
- Programa de Apoio à Conservação Ambiental - Bolsa Verde
- Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti
- Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais - Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)
- Programa Mais Educação
- Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec
- Programa Minha Casa, Minha Vida
- ProJovem Adolescente - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens de 15 a 17 anos
- Tarifa Social de Energia Elétrica
- Telefone Popular”

Os especialistas em segurança pública

A teorização insustentável dos especialistas em segurança pública tem mantido o Brasil, há décadas, no atoleiro das ações que se repetem a cada governo, sem ofertar resultados satisfatórios que reduzam e controlem a violência.
 
Dinheiro público investido pelo ralo sustentam uma rede de especialistas/amigos do poder que promovem palestras, cursos e inovadas proposições que não chegam aos policiais que trabalham no atendimento público. Apenas os "iluminados" continuam consumindo o dinheiro público com cursos que enobrecem seus currículos pessoais mas que não retornam em melhora do serviço prestado.
 
Tão absurdo tem sido o trabalho desenvolvido pelos gestores das atividades policiais que entrega de viaturas e de armas continuam sendo seu único destacado ato político. 
 
Belas e potentes caminhonetas importadas enfeitam as organizações policiais e nossas ruas enquanto os servidores continuam com seus risíveis salários, salvo honrosas exceções. Sofrendo constrangimentos no relacionamento interno com os chamados "superiores hierárquicos". E adoecendo no trabalho porque não recebem nenhuma atenção de saúde, apesar das reuniões e dos congressos realizados por aqueles que deveriam implantar programas de saúde. 
 
A mídia e a sociedade, de forma irresponsável, jogam a culpa de desvios nos servidores, quando deveriam apontar para os gestores políticos e seus especialistas que continuam propondo ações inconsistentes e inadequadas.
 
Aos mesmo tempo em que a polícia é acusada de ser mal preparada e de prestar um péssimo serviço continua sendo a única organização a ser chamada para atender a população, garantindo-lhe a segurança, mesmo que submetida a gestão amadora daqueles que estão mais preocupados com os cargos que ocupam.
 
A vida real, como sempre afirmei, deveria iluminar as teses dos incautos, e não o contrário. Teses inaplicáveis objetivam garantir ganhos e empregos aos especialistas/amigos, não refletindo na qualificação da atividade policial, na vida dos servidores policiais e na segurança da população.

 

MAIS médicos ou SEM médicos


A opção brasileira

Evidente que todos entendemos dessa questão. Não será a associação médica brasileira que irá reverter à falta de atendimento quando não o péssimo trato que nos é dedicado pela maioria dos médicos.

Tão importante à palavra e o olhar de um profissional de saúde, em especial médico, que, no desespero, até o farmacêutico experimentado orienta aos doentes e desesperados.  

Não é o enriquecimento profissional, meritório para qualquer profissional, fundamental para o exercício de qualquer profissão. Principalmente a medicina. 

Passamos a vida sendo humilhados para recebermos uma mísera consulta que dura de dois a dez minutos. Porque os médicos necessitam ter tempo para atender seus consultórios particulares ondem acumulam muita grana em pouco tempo.

Dizem que estudam muito para concluir o curso de medicina.  A maioria esquece que estuda com dinheiro público. E por este benefício não aceitam retribuir.

Finalmente um governo tem coragem de enfrentar a questão. De nada adianta instalar prédios (elefantes brancos) sem a presença de médicos que pratiquem a profissão a partir do juramento que fizeram.
 
Um texto de 2011 de Iran Silva, Blog Acidez Mental.
 
O JURAMENTO DO MÉDICO...
"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica;
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, ..."
Em uma pequena ilha do mar Egeu, na Grécia, próximo ao litoral da Ásia Menor - a ilha de Kós - floresceu no século V a.C. uma escola médica destinada a mudar os rumos da medicina, sob a inspiração de um personagem que se tornaria, desde então, o paradigma de todos os médicos -Hipócrates.
 
A escola hipocrática separou a medicina da religião e da magia; afastou as crenças em causas sobrenaturais das doenças e fundou os alicerces da medicina racional e científica. Ao lado disso, deu um sentido de dignidade à profissão médica, estabelecendo as normas éticas de conduta que devem nortear a vida do médico, tanto no exercício profissional, como fora dele. (fonte: http://www.portaldafamilia.org/datas/medico/med003.shtml)

Nosso amigo Hipócrates, deve está  se revirando em seu túmulo, gélido e frio, ao "ver" como se comporta os médicos, mesmo depois de prestar o juramento.

Criaturas que fazem gosto em serem chamados de DOUTOR, e que deixaram de lado o humanismo pra serem parasitas do dinheiro de seus pacientes. Médicos esses que em seus plantões, dormem à sono solto, enquanto pacientes esperam agonizando em enormes filas. As enfermeiras são previamente advertidas, sobre a desculpa que vai dar aos curiosos e insistentes, que a todo custo, perguntam pelo Doutor!? -Ele está na UTI!, ESSA É A RESPOSTA.

Mentira, mentira mais deslavada. Eles estão dormindo no plantão! Os pobres usuários do caríssimo SUS, que na maioria desconhecem essa verdade, voltam ao seu lugar de martírio e esperam...

Como se não bastasse, outros Doutores, atendem seus pacientes particulares no plantão médico... Sim, e aqueles pacientes do SUS?? -Continuam esperando.

Já em seus confortáveis consultórios, cobram quantias exorbitantes pra grande maioria assalariada; -Também quem manda ser pobre??
Mas para isso, foi "inventado" o convênio. -Pelo sindicato é a metade, diz a atendente. -Quem bom. Mas, só até ser atendido. Pois são "consultas" relâmpagos, feitas no máximo em 5 minutinhos, afinal "time is money". -Doutor o que tenho? -Nada. Vou passar um remedinho, aí a gente vê como é que fica. Foi bom pra ambas as partes??... Claro que não.

Internação nos hospitais? -Só com a caução! -Aceitamos cheque... E pelo SUS? -Não tem vaga.
Ou seja, se você tem $dinheiro$, é bem atendido ou pelo menos, que tenha um plano de saúde decente...
E aí, há a contribuição inegável, do descaso dos governantes. Pagamos e repagamos, para sermos "olhados" pelo Doutor...
Foi-se o tempo que ser médico era vocação, hoje é mais uma maneira de ter status na sociedade e consequentemente posição financeira. Afinal a Bolívia é bem ali...

Não quero apregoar que os médicos sejam como São Francisco. Não, mas que sejam mais humanos. Que relembrem o juramento de HIPOCRÁTES.      Ou eles juraram assim, de dedos cruzados??

Na minha opinião, são considerados mais do que deveriam. Exemplo: PSF. Sabe de quem é o maior trabalho? -Do restante da equipe, enfermeiras, auxiliar de enfermagem, atendente, agente de saúde... Mas quando se pergunta o que fazer pra melhorar os PSFs? -Aumenta os salários dos médicos! Qual a orientação para o piso nacional? -de R$ 18.736,44, que é o piso salarial nacional definido pela FENAM para a carga horária semanal de 40 horas. -Só isso, pra um Doutor? -Não! aqui no interior oferecemos, casa, combustível e outras cositas mas... Penso que, se as prefeituras não tiverem condições de pagar, já era o PSF... (os interesses dos médicos, são conflitantes com os interesses dos pacientes)

Esses Doutores, que só atendem bem se tiver o dindin, na minha opinião, são MERCENÁRIOS. Estou exagerando? Vá na UE, no Regional e veja o cenário de descaso em que se encontram os pacientes. Velhos, crianças, gestantes, feridos... Enquanto isso, estão na SALA dos MÉDICOS, dormindo ou assistindo filmes nada convencionais... -Não, não estou inventando nada. (informação de dentro da UE...).

E ainda querem criar vantagens acadêmicas, para quem se formar e for direto para o PSF...
As autoridades, deveriam exigir como o exame da ordem. Para clinicar, tem que fazer um exame especifico. Não passou, não pode. Afinal esses Doutores, têm a vida de seres humanos em suas mãos.

Além do corporativismo da classe, alguns deixam de clinicar para serem políticos. -Deveria ser proibido. Médico é médico. Com toda desgraceira, é melhor o Doutor, que o Dr. Politico... Afinal, será menos um médico na cidade.

Recém formados se acham infalíveis. Acredito que por causa disso, há tantos erros médicos. No mês de maio, li que uma paciente foi ao hospital fazer uma endoscopia, e saiu sem um dos braços!!!!! FOI AMPUTADA. Inexplicável, tal fato. -Se o médico era novo ou velho??(experiente ou novato) -Não sei.

É por isso que por aqui, deixa-se de ir ao médico, para ir ao farmacista... Têm mais experiência...

E como se não bastasse tudo isso, da classe médica, ainda tem o agravante das péssimas condições dadas pelos gestores aos hospitais e Unidades de Emergências, que mais parecem campos de guerra, onde os contribuintes são amontoados e entregues à própria sorte. E acreditam no Divino, para que apareça uma "alma caridosa" e lhes atendam.

Em tempo. A ultima barbárie promovida por um médico está no relato de um cidadão de Palmeira dos Índios, que teve seu filhinho, morto, também, porque o médico responsável pelo SAMU de Arapiraca, não atendeu aos apelos dos companheiros de profissão, em fornecer uma UTI móvel, para leva-lo à capital do Estado... eis o relato:  http://cadaminuto.com.br/blog/bernardino.

Evidentemente, que em todas as profissões têm as suas exceções. Não quero aqui generalizar a classe médica, mas mostrar através de minhas palavras que muitas pessoas sofrem e até morrem, por conta dos que esquecem o juramento de HIPÓCRATES. 
ESTA, É MINHA OPINIÃO!  porque calado, faz qualquer idiota parecer inteligente."
 

A banalização das mortes violentas parece não perturbar os brasileiros que se conformam em culpar o sistema judiciário e policial.

A hipocrisia de cada dia, principalmente daqueles que utilizam de forma profissional os espaços da mídia, governantes e demais poderes, insiste em apontar para os outros a responsabilidade pelo massacre diário que é vivenciado nesta Nação.

 

Crimes de toda ordem infectam nossa forma de viver. Principalmente aqueles praticados contra a vida, bem fundamental para qualquer ser humano. A banalização das mortes violentas parece não perturbar os brasileiros que culpam o sistema judiciário e policial como se possuíssem o poder de antever as estrepolias violentas que praticam criminosos passionais, eventuais ou profissionais.

 

A cultura do assassinado e da morte cruel é incentivada no Brasil pelo governo e bem aceito  pelos cidadãos que acreditam que violência se enfrenta com mais violência. No trânsito quando um motorista comete uma infração, pequena ou grande, o negócio é agredi-lo de forma violenta  como se estivéssemos seguros em nosso inexpugnável direito.  

 

Perdeu-se a cultura da educação. Curtir o respeito a sociedade e a cidadania é mostrar-se ingênuo, bobo ou, quem sabe, incompetente e burro. Temos que ser justiceiros com o dever de punir e condenar os outros, mas  perdoar nossos próprios pecados. Afinal, nos auto intitulamos "cidadãos do bem".

Nunca seremos um País de primeiro mundo enquanto raciocinarmos como primitivos. Olho por olho dente por dente. De nada adianta ter formação escolar e universitária enquanto continuarmos agindo como trogloditas.

 

A violência nossa de cada dia é culpa de cada um de nós. Quando mudarmos a forma de conviver em sociedade teremos políticos honestos, uma polícia eficiente e uma justiça recuperativa.

Máquinas de triturar braços e vidas
Transcrito da Revista Eletrônica Jus Navigandi

"Quase oitenta milhões de carros e motocicletas disputam os espaços públicos entre eles assim como entre eles e os pedestres e ciclistas. Quando mostramos para os estrangeiros o número de pessoas mortas no trânsito brasileiro - mais de um milhão de 1980 a 2013, 127 por dia, um óbito a cada 12 minutos – eles perguntam: faltam leis? Respondemos que não. Leis nós temos, razoavelmente boas tanto quanto as da Suíça. 
 
O problema é que aqui não temos os suíços para cumprirem tais normas de trânsito. Transformamos os veículos em máquinas de triturar braços (como no caso de David Santos Souza, cujo membro foi decepado por um motorista na Avenida Paulista, em São Paulo) e vidas. Continuamos engrossando nossas pilhas imensas de cadáveres antecipados. Por que tantos massacres? 
 
Boa parte deles faz parte da nossa guerra civil étnica e social, fundada na profunda ruptura social entre o Estado e os segmentos favelizados, ocupados por gente segregada, apartada (os inimigos). Aqui falamos da violência pública, violência levada a cabo pela maquinaria de guerra do Estado, formada pelo sistema policial-jurídico. Outra parte é fruto da guerra civil no trânsito: o carro foi transformado em arma de guerra (tão potente quanto uma arma de fogo) e outro (as outras pessoas) em inimigo.  
 
Na guerra, o objetivo é sempre destruir (triturar) o inimigo (ou pedaços do seu corpo). É isso que estamos fazendo, com razoável eficiência: 127 pessoas mortas diariamente no trânsito e cerca de 140 intencionalmente. Nossas máquinas de triturar vidas contam com uma produção tanatológica diária de uns 270 óbitos.  
 
O Estado Democrático de Direito (anunciado pela Constituição), a moral humanitária e o progresso coletivo (sobretudo o econômico) não passam de indicadores civilizatórios totalmente inócuos e artificiais em sociedades como a brasileira, marcada (em grande parte) pela brutalidade selvagem assim como pela absoluta ausência de formação ética (entendida como a arte de viver bem humanamente – como diz Savater). O desprezo pela vida humana (muitas vezes a própria e, com frequência, a dos outros) só encontra paralelo no descuido com a coisa pública. 
 
Nossas políticas públicas, em geral (de saúde, de educação, de segurança viária etc.), não passam de necro-políticas, fundadas nas racionalidades aberrantes da tanatologia. A sociedade brasileira e o funcionamento da nossa egoísta convivência (ressalvadas as exceções) não retratam uma nação integrada, caracterizada pela ética e pelo respeito ao outro. Aqui atropelamos as pessoas e jogamos seus braços nos córregos como dejetos repugnantes. Ausência absoluta não só de respeito às regras jurídicas, senão, sobretudo, de ética. A selvageria chega ao ponto de se ignorar que um braço pode ser reimplantado.  
 
O nível de ensino (e dos exemplos públicos) que damos para a grande maioria da população é deplorável. Nosso ensino público é uma falsidade incontestável. O Estado não é instrumento da aplicação igualitária da lei, muito menos o bem-feitor social que privilegia todos os segmentos. Vivemos de mentiras, assentadas sobre uma única verdade: a dos milhões de cadáveres antecipados, porque desde o início da nossa colonização não aprendemos a respeitar a vida humana (ao contrário, somos máquinas treinadas para triturá-las, intencional ou acidentalmente, nas ruas, nas casas, nas boates etc.)." 

GOMES, Luiz Flávio. Máquinas de triturar braços e vidas. Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3698, 16 ago. 2013 . Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/24015>. Acesso em: 18 ago. 2013.

A violência no Brasil não acontece porque a polícia é boa ou má. Ocorre porque a população não esta muito preocupada com esses crimes.

Graças ao desejo de aparecer de quem comanda as investigações sobre o assassinato de uma família de policiais paulistas, um dilema foi criado junto da população que gosta do noticiário policial: teria sido o menininho loirinho quem eliminou a família de maneira profissional? Uma série de questionamentos são levados as redes sociais e explorados nos escandalosos programas televisivos policiais duvidando da indicação do delegado porta voz da investigação.
 
Manchetes que têm exaurido os noticiários.
 
Impressiona a forma descuidada, amadora, quando não proposital que  investigações deixem de circular no meio policial e passam a ser apuradas por jornalistas e curiosos que elaboram teses e opiniões criando uma boataria sem fim e tratando crimes bárbaros como se fossem situações banais e aceitáveis, ou, quem sabe, de pouca importância.
 
As mortes por violência (armas) ocorridas no Brasil, entre 1980 até 2010, segundo Mapa da Violência 2013 do Instituto Sangari, que baseia suas informações pelos dados do Ministério da Saúde, contam com um "total de 799.226 cidadãos vítimas de armas de fogo."
 
Nem por isso a investigação de tais crimes é tratada com seriedade. A mídia atrai os policiais, em especial delegados e oficiais das policias militares, a serem fontes da especulação.
 
A população, de forma inconsciente, acompanha, participa e ingressa nesse processo doentio de considerar esses crimes hediondos como naturais.
 
A violência no Brasil não acontece porque a polícia é boa ou má. Ocorre porque a população não esta muito preocupada com esses crimes já que tendem atingir a população mais pobre, com menor capacidade econômica.
 
Se estivesse preocupada com o número estrondoso de assassinatos estaria nas ruas buscando novos instrumentos para reduzir drasticamente esse número de crimes. Ao contrário: imputa a polícia a violência esquivando-se de mobilizar-se para que o Brasil modifique a cultura da violência.
 
As autoridades brasileiras, principalmente na esfera federal, desconhecem alternativas e não têm força suficiente para enfrentar tal questão. Gestores estaduais e municipais só desejam dinheiro para investimentos inadequados buscando resultados políticos, ao invés de ações dirigidas a redução da cultura da violência.
 
A vida deixa de ser o bem mais querido pelos cidadãos brasileiros porque não querem admitir que precisam mudar a forma de se portar em sociedade. Aprecia apontar os problemas dos outros e ignorar sua forma de vida.
 
 

 
 


 

"O inofensivo jeitinho não faria mal algum se não fosse a ante sala da corrupção."

A fotografia que circula na internet, acidentalmente ou não, é a imagem de um movimento original que caminha para a anarquia, o descontrole e excessos. E o pior: sem resultados efetivos que beneficiem a população. 
 
A exposição heroica dos "peladões e peladonas" na Câmara porto-alegrense deverá enobrecer os currículos dos desvestidos. Orgulho de papai e mamãe.
 
As mudanças exigidas devem, antes de mais nada, começar por cada cidadão. Enquanto encontrarmos papel de bala e bituca de cigarro atirados ao chão; rapazes e meninas vangloriando-se por ter oferecido  alguns trocados ao guarda; ou exibindo-se pelo "jeitinho" que encontrou para não fazer o que era correto, não  adianta procurar culpados para os problemas do Brasil. Não sou eu quem diz: 

" Aparentemente o inofensivo jeitinho não faria mal algum, até que *Almeida mostra-nos que o jeitinho é a ante sala da corrupção. Ele é uma variação da corrupção. O pesquisador, em "A cabeça do brasileiro”, entrevistou 2.363 participantes nas cinco regiões do país, tendo como base do seu trabalho, a teoria antropológica de Roberto Da Matta.
 
Entre outras coisas, a pesquisa de Almeida revela a incapacidade que o brasileiro tem de distinguir o que é um favor, o que é jeitinho e o que é corrupção. Especialmente sobre esta última prática social, os entrevistados tendem a apontar um ato de corrupção somente quando as evidências apontam a presença de uma grande quantia em dinheiro vivo.
 
Quantidades menores, como “uma pessoa que costuma dar boas gorjetas ao garçom do restaurante para, quando voltar, não precisar esperar na fila é:”. Apenas 27% dos entrevistados responderam “corrupção”. 14% responderam “favor” e 59%, “jeitinho”. Indagados sobre “Passar uma conversa em um guarda para ele não aplicar uma multa é”:  53% responderam “corrupção”, mas 41% considera este ato como “jeitinho” e pasmem. Ainda que poucos alguns entrevistados, 6%, consideram “favor” dar gorjetas ao garçom para furar a fila de espera." *ALMEIDA, A. C. A cabeça do brasileiro. RJ/SP, Record;2007. Excerto do texto O Jeitinho brasileiro de Gilberto Gnoato,internet.
 
Que esta mobilização nacional seja a oportunidade para assumirmos nossas obrigações cívicas. Podemos usar o exemplo desnudando-nos das práticas menos nobres.

“Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia.”

 "Meu ideal mais querido é o de uma sociedade livre e democrática em que todos vivam em harmonia com igualdade de oportunidades. Um ideal pelo qual estou disposto a morrer".


Qual é o sentimento de heroísmo de um ocupante de prédio público se sua ação não lhe expõe a integridade, já que esta protegido pelo Estado?

É visível, até constrangedor, a forma como a mídia, políticos e o judiciário, incluído ai o ministério público, tem se postado frente às desorganizações que vem ocorrendo no País. Com um papinho furado sobre respeitar as "manifestações democráticas" temos assistido um bando de mascarados depredando patrimônio público e privado, e constrangendo parte da população, para dar vazão a sua veia criminosa.   

 

Os mesmos que chamam os políticos de ladrões manifestam-se como delinquentes. Quebram e saqueiam porque sabem estar protegidos por encastelados que querem ver o País exposto a injustificáveis ações de  violência e desorganização, no exato momento em que vivemos uma democracia plena. Ruim? Pior sem ela.

 

Nas redes sociais tipos alinhados, sentado em cadeirinha estofada, escrevendo o que lhe passa pela cabeça, “em nome do povo”, enquanto os trabalhadores dão duro para sobreviver com dignidade.

 

Nunca tinha visto tanta petição no tal de Avaaz.org. É uma revolução sentada.

 

A ânsia pela ocupação do poder descaracteriza aqueles que querem mantê-lo e motiva os desesperado que desejam retomá-lo. Não querem mais viver as suas expensas, preferem, todos, as tetas gordas do Estado. Uns juram que mamam com mais delicadeza do que outros.

 

Outra mobilização forte que tem circulado por aqui é a referida por alguns  “jovens” que dizem estar mudando o Brasil. O Congresso Nacional ficou tão impactado com esses movimentos que resolveu fazer o recesso parlamentar, assim como as Câmaras de Vereadores, Judiciário, etc. E ai? E as mudanças? 

Discriminação - A cor de sua pele foi, esta sendo, ou será determinante por constrangimentos e oportunidades

Acredito que existem assuntos que devem ser tratados de forma continua e permanente, porque existem problemas que não deixam de existir.  
 
Algumas pessoas desconhecem o problema ao afirmar que no Brasil não existe racismo e que os negros, principalmente aqueles militantes, é que são racistas, já que lutam contra algo, segundo eles, inexistente. Na esteira rasa das teses racistas dizem não compreender o papel das cotas nas universidades, muito menos a obrigação do Estado em oferecer alternativas que permitam o acesso dos negros a espaços mais nobres que não dependem apenas da questão econômica.
 
A clássica e interminável confusão entre preconceito e discriminação fundamenta os argumentos dos  que insistem em dizer que os negros discriminam. Nunca é demais lembrar que o  preconceito é fruto da formação de qualquer individuo. Ele elabora suas concepções e com elas vive. Sendo assim, qualquer individuo independente de raça, credo ou opção sexual, estrutura-se com seus preconceitos.
 
O que deve ser enfrentado não é o preconceito existente na intimidade das pessoas. Mas a discriminação que aflora nos manifestos e atos por elas realizados.
 
Segundo a Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas e Discriminação Racial da ONU,  
Ratificada pelo Brasil em 27 de março de 1968:

A discriminação racial “significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades  fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública".
 
 
Em nosso País, por mais que convivemos de forma harmoniosa entre negros, brancos, índios, ciganos, e tantas outras raças, é visível à discriminação protagonizada por pessoas e organizações. Na educação, mercado de trabalho, e outras atitudes cotidianas que demonstram que ela existe de forma velada e cruel, daí ser necessário o seu reconhecimento para que se lute para sua redução.
 
Este problema é notado, literalmente, nas fotografias dos governantes brasileiros, das empresas públicas e privadas, dos meios de comunicação, dos frequentadores de shoppings, bares, restaurantes, cinemas, aeroportos, e por ai vai... Se mais da metade da população é composta de negros ou descendentes como é que este percentual não aparece nesses espaços?
 
Notícias da semana relatam nos Estados Unidos (presidida por um negro, coisa impensada no Brasil), assim como a Itália, a ocorrência de fatos que trazem a tona a forte discriminação racial que acontece naquelas nações. Um jovem negro de 17 anos, carregando um pacote de doces nas mãos foi morto no ano passado. O assassino, um maluco fantasiado de guarda comunitário, armado, defendeu-se em juízo, e por isso absolvido, argumentando que se sentiu ameaçado por aquele individuo em "atitude suspeita". O clássico argumento que usam as policia militares para tentar justificar o abusivo número de jovens negros assassinados no Brasil. 
 
Não melhor foi a manifestação de senador italiano sobre a ministra negra de seu País. Sem maiores comentários a não ser o repudio veemente a indivíduos que acreditam que na cor da pele como diferencial.  
 
Por isso acredito que os negros brasileiros não podem esquecer a cor de sua pele. Ela foi, esta sendo, ou será determinante por constrangimentos e oportunidades.
 
O discurso oficial brasileiro sobre a questão racial fundamenta-se apenas pela inexistência de conflitos raciais. Mas não se sustenta em razão da discriminação visível que sofrem os negros brasileiros.  .
 

Nada mudará, a não ser a cor do papel que nos embrulha!

O Brasil, sem deixar de ser um País bom para se viver, já que somos brasileiros, carece de receber um tratamento atencioso e respeitoso de seu povo.
 
 
O grupo que acumula estabilidade econômica, auxiliado por uma casta de servidores públicos que se alçam a denominada "classe média alta" lutam para manter o Brasil como se ainda fosse uma colônia.
 
 
Além de operar, muitas vezes, de forma inescrupulosa para garantir o topo da pirâmide procuram ofuscar a visão da maioria da população ao erigir temas que definem como fundamentais para a sobrevivência dos brasileiros. Quando, na realidade, são questiúnculas que se prestam a tornar limitado o olhar daqueles que poderiam, pela maioria, determinar mudanças efetivas no País.
 
 
Bastou um pequeno e curto sopro de insatisfação nacional para que a mídia acumule, diariamente, um imenso número de irregularidades e crimes praticados por essa classe dominante (de qualquer partido ou sem partido político).
 
 
Pior do que essas notícias é a constatação de que não há para onde correr. Muito menos para onde recorrer. Tudo ficará como "dantes no quartel de Abrantes". Nas mãos dos mesmos, nada mudará, a não ser a cor do papel que nos embrulha.
 
 
A questão nacional, salvo juízo com maior sanidade, são as Instituições que estruturam este País. Não são os indivíduos. Estes são humanos. Com todas as qualidades, mas, principalmente, com todos os defeitos que caracterizam a espécie.  
 
 
A população não acredita no Executivo, Legislativo e Judiciário. Por mais respeito que seja dedicado a esses poderes e seus ocupantes não dá para crer em nada do que dizem. Não querem e não vão mudar porque sabem que a população pode ser "ludibriada” com as falsas causas sustentadas por discursos demagógicos e hipócritas.
 
 
São levados a discutir qual é o melhor partido político a ser defendido, e qual o melhor nome para ser eleito. A cada eleição acabam decidindo pelo interesse econômico ou simpatia, já que nenhum promete enfrentar essa cultura escravagista e secular que mantém a maioria da população alienada de seus direitos.
 
 
Enquanto as Instituições Nacionais não forem resgatadas, limpas e transparentes, o Brasil continuará sendo um País mal amado por quem jura defendê-lo. Enquanto prevalecer os interesses de pessoas sobre os interesses da Nação nada há que ser reclamado.  
 
 
Ilustro este pequeno comentário com o texto do Blog de Bob Fernandes, publicado no site Terra.  
                          

Nos aviões da FAB, os herdeiros da casa grande

 
A escravidão no Brasil perdurou por 386 anos. São quatro quintos da nossa história. Na escravidão, os Senhores, ou as Senhoras, moravam na Casa Grande. E os escravos se amontoavam na Senzala.
 
Escravidão por quase quatro séculos deixa uma ferida profunda em qualquer sociedade. Muito fica, permanece nos hábitos mesmo que muito se dilua no tempo e nos costumes. O hábito de voar nos aviões da FAB não nasceu do nada. E sobrevive porque as raízes culturais são fundas.
 
Todos esses Senhores e as Senhoras que voam e revoam são conhecidos como "Pessoas Muito Importantes". São VIPs, para usar uma expressão tão cara aos mundos de Caras. Assim é, tem sido o Brasil desde sempre. Assim é no céu como é na terra.
 
É claro que existem VIPs mundo afora, mas por aqui tem sido cada vez mais comum espaços para os ainda mais VIPs. E uma coisa são VIPs no mundo privado; ai é uma questão de gosto. Outra coisa são VIPs usando bens e espaços públicos. Como no caso dos aviões da FAB.
 
Ou como em tantos exemplos no Brasil. Caso dos camarotes. Tem os que são privados, como o do Luciano Hulk na final da Copa no Maracanã, onde vai quem é convidado. E também quem não deveria ir. E tem, como na Bahia, camarotes que invadem espaço público.
 
Um enorme camarote, chamado Salvador, ocupa via pública no bairro de Ondina nos carnavais. Já há anos sua montagem começa nos dias seguintes ao Natal. 
 
A via pública é escandalosamente tomada e não há quem consiga impedir. E não só esse e isso: a montagem da "camarotagem", como quem não quer nada, mas querendo, ocupa também calçadas.
 
Nesse mesmo carnaval, blocos privados usam "cordeiros" nas ruas. "Cordeiros" são pessoas que recebem uma miséria para, com cordas, proteger blocos privados. Para tal proteção expulsam das avenidas, esmagam nas calçadas quem não pode pagar para fazer parte dos blocos.
 
Tudo isso transmitido por emissoras de TV para todo o país. Há décadas. E já assimilado, inclusive pelos anunciantes, como se tudo fosse muito natural e normal. Assim, na terra é como é nos céus.
 
Na Copa que acabou de acabar só entrou nos estádios quem tem dinheiro. Multidões brancas num país também mestiço e negro. Na Flip, de Paraty, Gilberto Gil falou sobre isso. Gil foi um raro negro brasileiro protagonista numa Flip de plateias brancas.
 
Estatísticas nacionais e internacionais mostram: nos últimos 15 anos o país teve acentuada melhora nos indicadores sociais. Mas nem por isso deixou de ser a segunda pior distribuição de renda do mundo. Pior que o Brasil, só Serra Leoa, na África.
 
Quase quatro séculos de escravidão; VIPs e camarotes; vergonhosa distribuição de renda… E uma novidade, que brota das ruas: até que enfim o escândalo com aviões que não são de carreira.

PEC DA IMPUNIDADE DO MP?

Seria a PEC 75 a PEC da Impunidade do MP, assim como diziam ser a PEC 37 a PEC da Impunidade?
 
A notícia

Procuradores pedem que PEC 75 saia da pauta

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, entregou ontem ao senador Humberto Costa (PT-PE) uma nota técnica contrária à PEC 75/2011 - de sua autoria - que prevê demissão de promotor ou procurador por via administrativa 0 projeto é um dos 17 da pauta prioritária do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Para Camanho, a PEC é "gritantemente inadmissível". A vitaliciedade no cargo, adverte, é cláusula pétrea da Constituição e não pode ser mudada nem por emenda constitucional.
Apresentada logo após a derrubada da PEC 37, que restringia os poderes de investigação do Ministério Público, a nova proposta é vista pelo MP como ameaça à sua independência. No Congresso, o presidente da ANPR disse que entregaria a nota técnica ao senador Blairo Maggi (PR-MT), relator do texto na CCJ, e aos presidentes do Senado e da Câmara. (O Estado de S. Paulo) Extraído de: Associação do Ministério Público de Minas Gerais  - 03 de Julho de 2013