Como achei que não haveria Copa, imaginando que a mídia teria sucesso em sua
campanha, fiquei três meses sem postar neste terapêutico blog. A Copa
das Copas foi um orgulho para o Brasil e os brasileiros, apesar dos pesares.
Percebi, nesse período, pois já havia participado da organização dos
Jogos do Pan no Rio em 2007, que o Brasil caminha de forma
ascendente mostrando sua capacidade de trabalho e sendo reconhecido
com uma Nação que já é respeitada pelos "gringos" de qualquer origem.
Os “Brasileiros angustiados” com o comando político atual, orientados por
uma mídia sectária que sempre ignorou e usou a miséria e os miseráveis
para seu entretenimento, acostumados com os privilégios, por menor que fossem,
mas sempre beneficiando seus grupos, assustam-se ao perceber que os
aeroportos não são mais seus, que as faculdades passaram a
privilegiar um público mais pardo, mais pobre e oriundo da escola pública.
Que as ruas estão atoladas de carros dirigidos por trabalhadores assalariados,
que não servidores públicos. Que máquina de lavar, televisor, geladeira e luz
elétrica não é mais coisa de rico. Ora, falam, que presunção? Até onde esta
gente pensa que vai?
A liderança desse processo foi realizada por um metalúrgico, homenageado
como "honoris causa" por países e organizações humanitárias de todo o
mundo, reconhecido pelo brilhantismo pelo qual administrou e representou o
Brasil. Sucedido pela primeira mulher presidente do Brasil, recentemente ofendida
por ricos, remediados e metidos a torcedores na Copa, que mostraram ao mundo sua
falta de educação. Os dois têm causado sensações horripilantes para os "brasileiros
angustiados" que perguntam: como nossos presidentes com formação
universitária não obtiveram tamanho reconhecimento? Como podem ter deixado esse
metalúrgico discutir e apontar o dedo para os dirigentes de Nações que
achávamos superiores ao Brasil?
Numa festa macabra, realizada na maior casa representativa da Justiça
Brasileira, foi encenada a peça "O Mensalão do PT". Com enorme
sucesso e audiência, como se fosse uma novela global. Através
de fartos espaço da mídia chamaram o dito crime como o maior da
história do Brasil. Deve ser por esse motivo que não produziram a novela
mexicana “O Mensalão do PSDB”. Apenas para ser justo, houve a produção regional
“O Mensalão do DEM”, mas tudo bem, ninguém esta preso.
Os outros brasileiros, maioria populacional e minoria econômica, beneficiados
pela política realizada há três mandatos, de uma hora para outra passaram
acreditar que deveriam ter as mesmas condições financeiras dos afortunados de
sempre. Rebelam-se porque passaram a acreditar que seus salários precisam
render de forma semelhante às fortunas acumuladas por séculos neste País. Muitos
tão “inocentes” que não perceberam que a transparência hoje existente foi
criada por este Governo e não por aqueles que "engavetavam e
escondiam" os esquemas. Ignoram que a corrupção sempre
existiu e sempre existirá. A fiscalização deve ser permanente e as punições
rigorosas e constantes.
Os partidos políticos brasileiros, rebaixados ao mesmo patamar, servem para
manter a nossa organização política. Não existe candidato sem partido. Mas
todos apresentam os mesmos defeitos e as mesmas falhas. Muitas delas
necessárias para a eleição de seus representantes, mas algumas indignas
e criminosas. Portanto, aquele que nelas incorrer deve ser punido. Honestidade
não deve ser um elemento que qualifique ou isente qualquer candidato a gestor
público. A história mostra que o poder corrompe e que os indivíduos são
corrompíveis. As estruturas fiscalizatórias devem sair da burocracia e
trabalhar pelo desenvolvimento do País. Denunciar depois do ocorrido é
conivência. Por que os órgãos de fiscalização não participam da elaboração e
licitação de projetos?
A política atual, a meu ver, é melhor para o Brasil. Ela é mais
transparente, mais pessoas discutem e tem acesso as informações. Um governo que
foi fragilizado pela ação de alguns de seus integrantes, processados e presos, é
muito melhor do que qualquer governo que não permite o acesso a suas
negociações e negociatas. Como a corrupção é inerente aos seres humanos, não há
de se pensar que os outros serão honestos, já que nunca foram. As instituições públicas devem estar estruturadas
acima dos interesses dos indivíduos. Esta será a única forma possível para
reduzir a corrupção.
Já tendo ocorrido a Copa das Copas caminhamos para mais uma disputa
eleitoral. A disputa verdadeira não é do PT contra o PSDB. É sobre o direito que
tem a maioria da população para ascender socialmente e viver com dignidade. Os
assalariados deste País acreditam que devem ser beneficiados pelos impostos que
pagam com a melhora dos serviços públicos. Os afortunados devem contribuir e
ser beneficiados em iguais condições, assim como qualquer cidadão desta Nação. Não
deveriam se opor ao esforço que esta sendo realizado para que a maioria da
população brasileira tenha acesso eficiente à educação, saúde, esporte,
segurança e cidadania. Somente assim o Brasil será maior e melhor.
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