"Mesmo diante das críticas nas redes sociais e no site do Greenpeace, o deputado federal gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) afirma manter o que disse em Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, em novembro passado. Na ocasião, ele participou de uma audiência pública sobre a demarcação de terras indígenas no país e orientou os agricultores a contratarem seguranças privados para se defenderem dos índios. Ele também se referiu a índios, quilombolas e homossexuais como "tudo que não presta" e vinculou suas causas ao governo federal, em especial ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho."
Evidentemente que para aqueles que nasceram no Sul, principalmente os negros, nenhuma novidade nas afirmativas criminosas e doentias desse político prepotente que se imagina de uma casta superior como teria sido Adolf Hitler e os escravocratas que abundam por este mundo.
O Rio Grande do Sul é conhecido no Brasil por acolher descendentes de italianos e alemães que se orgulham da origem de seus antepassados. Nada de errado nisso. Porem, muitos se confundem acreditando pertencer a uma casta superior aos brasileiros que foram massacrados em suas terras de origem (índios) e dos que foram trazidos como escravos e depois libertos sem o menor benefício para que pudessem viver e criar seus filhos com dignidade.
É vergonhoso a forma como aquela cultura se mantém, e nisso é seguida pela maioria das unidades da federação, onde a discriminação e o preconceito age de forma implícita e explícita.
Poucas organizações nacionais têm a credibilidade de impor-se a essa cultura infame e criminosa. As estruturas governamentais de municípios, estados e união são o melhor exemplo da afirmativa do "faz o que digo, mas não faz o que faço". Ao mesmo tempo que criam leis para cotas raciais não empoderam em suas estruturas políticas, em postos de comandos, negros e índios.
É um faz de conta que mantém privilégios para um grupo racial em detrimento de negros e índios que ainda dependem de benfeitores a distribuir migalhas para que possam habilitar-se a disputar um mercado celetista e racista.
E o deputado, certamente, deve estar sendo parabenizado por uma massa de gaúchos que o elegem e acreditam que pertencem a uma casta melhor e diferenciada. Nenhuma surpresa.