Por mais que muitas pessoas acreditem que estão se incluindo nas questões políticas é possível perceber uma clareza de intenções daqueles que falam em transparência e corrupção. Absurdamente a mídia insiste em jogar todo seu potencial acusatório aos participantes do governo que comanda o Brasil.
Os comentários que a maioria dos jornalistas faz em seus espaços de rádio e televisão são absurdamente dirigidos para induzir uma reação popular violenta contra os governantes culpando-os por todos os males que afetam a Nação. Qualquer absurdo pode ser dito desde que esteja na linha da execração pública dos governantes.
Não seriam problema esses excessos, já que governos devem ser cobrados, se a memória dos brasileiros não fosse tão esclerosada. Os afoitos comentaristas, comprometidos com o segmento que está fora do governo, esquecem que aqui prevalece "o jeitinho" praticado por todos, já que acreditam que pequenas práticas criminosas, realizadas "por gente de bem", merece ser perdoada, afinal, na concepção destes, pagam impostos.
Ninguém quer lembrar que a corrupção é uma pratica permanente que se agrava em países onde as instituições públicas são frágeis, quando não comprometidas, e não cumprem seu papel de fiscalizar e punir aqueles que a praticam.
A esperteza ou ignorância prega que "gente honesta" não se envolve em corrupção. A realidade quando observada, nos mostra que qualquer pessoa pode praticar a corrupção. Ou sendo cliente da Petrobrás ou, mais comum, oferecendo o cafezinho ao guarda, ou para obter uma vantagem da qual não teria direito.
As condenações cinematográficas e ágeis que sofrem alguns vinculados ao governo atual não servirá de ensinamento porque estão sendo praticadas ações de exceção que buscam impactar no governo e inviabilizá-lo para que cumpra seu mandato.
A mídia e seus jornalistas deixaram de lado a responsabilidade que deveriam ter com a notícia. Hoje estão muito mais preocupados em atender o editorial do proprietário da empresa em que trabalham. Lançam notícias que são desmentidas no dia seguinte, publicam boatos, fazem chamadas para induzir ao invés de informar, e criam um ambiente onde nada mais é respeitado. Pessoas são vaiadas em livrarias, restaurantes, em qualquer lugar, a partir da vontade de pequenos grupos de "executores populares", a maioria deles de uma classe que se imagina superior aos demais, pois esquecem suas condutas e querem se sobrepor a Lei para executá-la com suas mãos.
Devemos acompanhar a degeneração das relações sociais que se agravam no Brasil uma vez que muitos brasileiros perderam a noção da responsabilidade. Só querem exigir direitos mas não têm respeito por mais nada em sua volta. Pensam que o espaço coletivo é de ninguém e que a responsabilidade é apenas do governo e dos outros. Influenciados por uma mídia irresponsável os cidadãos deixam de zelar e cumprir seus deveres. Despolitizados se acomodam em interpretações sem fundamento e sem compreender o momento político em que vivemos.