Depois de duas décadas ouvindo os neóvitos especialistas afirmar que a polícia é inoperante, não resolve nada, chegou ao fundo do poço, é violenta, corrupta, e dezenas de outras ofensas a todas as corporações e a todos os policiais, hoje aplaudem "as soluções" encontradas no Rio de Janeiro. Nas televisões e nos rádios os neóvitos, especialistas, não graduados, graduados, mestres e doutore se esforçam para explicar o "sucesso da ação policial" como se ela fosse novidade.
Encolheram-se em suas teses que mais parecem soluções homeopáticas (nada contra a homeopatia na área de saúde), diante de uma evidência antiga: só a polícia continua entrando nas comunidades menos favorecidas e abandonadas pelo estado que não retoma social e dignamente essas áreas. Continua a polícia, agora com outro denominação, socorrendo às comunidades e enfrentando os criminosos.
Os programas sociais se arrastam e não chegam. As verbas são consumidas em diagnósticos e pagamento de serviços, não chegando às comunidades. As mudanças físicas e o estabelecimento de estruturas públicas de saúde, educação, esportes e tantas outras, não chegam junto com a UPP.
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, um programa de segurança pública, apesar do altíssimo investimento realizado, não tem recebido a contrapartida de municipios e estados. Escoram-se, mais uma vez, apenas no trabalho policial. Sem as ações sociais focadas na juventude que perambula por esses bairros a disposição de traficantes e criminosos, as UPPs e quaisquer ações policiais estarão destinadas a não solucionar aqueles problemas que não são de competência da polícia.
Pacto com governos estaduais e municipais já foram feitos através do PRONASCI. Mesmo assim esses entes não têm se comprometido em investir em ações que beneficiem jovens em vulnerabilidade social. Não aqueles que estão na escola, que estão dentro do sistema. Mas aqueles que estão visivelmente a beira do sistema prisional.