Subprocurador da República afirma que "juízes e promotores chantageiam poder público."

Em entrevista aos jornalistas do Portal Terra, Dayanne Sousa e Eliano Jorge, o subprocurador-geral da República, Eugênio Aragão, "se solidariza com a ministra Eliana Calmon ao tratar de irregularidades no Judiciário e ataca os projetos de aumento salarial para juízes e funcionários. Para ele - que inclui os profissionais do Ministério Público na crítica - o debate é uma tentativa de "chantagear" o poder público. 
 
- As carreiras que hoje têm poder de pressão sobre o Estado e sobre suas instituições são as que mais são valorizadas. Ou seja, juízes, Polícia, Ministério Público, advogados públicos. Porque eles têm um poder de chantagear os poderes públicos.

Aragão assumiu o cargo de corregedor-geral do Ministério Público Federal segunda-feira (3) e, no dia seguinte, em sua primeira visita oficial, encontrou-se com Eliana Calmon, num claro gesto de apoio à ministra e corregedora nacional de Justiça. A ministra havia sofrido críticas de magistrados depois de declarar em entrevista que existem "bandidos de toga" e chamar atenção para ação impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode limitar seus poderes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a investigação de desvios de conduta de juízes."

O destaque que faço sobre a matéria é a inclusão da "Polícia" como também capaz de "chantagear" os poderes públicos. Não deve estar se referindo às policiais estaduais. Que poder tem o policial que recebe um salário de oitocentos, um mil e oitocentos ou dois mil reais? Possivelmente as entidades de classe de policiais militares da base e dos agentes de polícia não saibam desse poder, já que nunca conseguem retirar dos governos uma reposição salarial digna.