Chama a polícia!

"Polícia na Cracolândia é aprovada por 82% em SP"
"A operação da Polícia Militar para combater o tráfico e o consumo de drogas na Cracolândia, no centro de São Paulo, tem o apoio de 82% dos moradores da cidade, segundo pesquisa feira pelo Instituto Datafolha. São 72% os que dão no mínimo nota 6 para a intervenção, iniciada nos primeiros dias de 2012, semanas depois de o governo federal lançar seu plano nacional anticrack. Nos últimos dias, a ação policial tem gerado polêmica entre pré-candidatos do PT e do PSDB à prefeitura da capital paulista. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Quando questionados sobre a nota que dariam para a ação policial, de zero a dez, 28% deram a nota máxima. Entre as pessoas que têm o PT como partido de preferência, 83% concordam com a operação policial. A nota média foi 7,4. Os tucanos são ainda mais entusiastas: 90% concordam com a forma como a PM agiu e dão uma nota média de 7,9. Porém, os mesmos entrevistados acreditam que a ação não vai resolver o problema: para 82% dos ouvidos, os usuários buscarão a droga em outra região da cidade e 57% afirmam que não é possível acabar com o tráfico e o uso de crack em São Paulo. A maioria dos entrevistados (24%) culpa os próprios usuários pelo problema. Os traficantes aparecem em segundo lugar, com 22%, o poder público estadual em terceiro lugar, com 16%, em quarto vem o governo federal com 14% e, por último, a prefeitura com 6%." (Notícia retirada do site Terra - 29 de janeiro de 2012).

Blog: o Estado Brasileiro, através de aparato policial, tem demonstrado que sabe como atender as angústias de seus cidadãos. Qualquer tipo de problema que a maioria dos homens e mulheres deste País se veja envolvidos, sejam ricos ou pobres, sabem que "chamar a polícia" é a única alternativa de imediato para, se não resolver, iniciar o processo de recomposição do dano ameaçado ou ferido.


Se um familiar esta doente e não é atendido de imediato chama-se a polícia, que ela constrange a administração do hospital e o médico vai atendê-lo. Se o vizinho esta com som alto, não termina a festa no horário aprazado liga-se para a polícia. Se o político, o defensor público, o juiz ou o promotor é ameaçado chama-se a polícia.


Chama-se a polícia para tudo neste País. E ela não se faz de rogada. Já que sabe que terá que resolver toda e qualquer questão toma a iniciativa para antecipar-se as cobranças públicas e tentar mostrar que parece eficiente.


Enquanto isso as ações governamentais tergiversam investindo na compra de viaturas e equipamentos de última geração, criando grupos de trabalho, refazendo diagnósticos e jogando dinheiro público em eventos que não resultam na melhora da atividade. Os policiais que realizam o atendimento à população ficam jogados a própria sorte, pois não recebem capacitação permanente, não têm condições dignas de vida e de trabalho e não possuem serviço de atendimento de saúde nem o direito de serem atendidos de forma preventiva que reduza o adoecimento decorrente de suas atividades.


Quando os erros e excessos acontecem às autoridades políticas correm e, de imediato, dizem que tudo irão apurar com muita severidade. Como se vê não têm moral para condenar quem já está condenado pela irresponsabilidade e falta de profissionalismo na área de segurança pública.