
Enquanto as autoridades políticas apontam para a polícia a responsabilidade por não reduzir a violência e a criminalidade assistem a morte de centenas de cidadãos, de juízes e desembargadores, executados ou vítimas de roubo, e policiais que estão sendo cassados todos os dias.
A falta de uma política pública de segurança compromete gravemente o governo federal que, com uma estrutura fragilizada no Ministério da Justiça, e com a Secretaria Nacional de Segurança Pública sem a mínima vocação para a função, perdida em exigências burocráticas para liberação de repasses àqueles que "paparicam" suas coordenações, permite a ampliação de uma crise anunciada.

Segurança Pública já pode ser tratado como "vergonha nacional" haja vista a complacência com que agem os governantes. Ao mesmo tempo em que reconhecemos as políticas de bolsas implantadas pelo governo federal lastima-se a falta de comprometimento que tem com a segurança pública e, principalmente, com os policiais. São trabalhadores acusados diariamente como maus profissionais, de bandidos, enquanto atuam na defesa dos cidadãos, mesmo não recebendo o apoio adequado dos gestores públicos.
É criminosa a afirmativa de que não há dinheiro para a segurança pública e para os policiais. Na realidade os governantes têm dinheiro para suas prioridades, grandes eventos, grandes festividades, isenção de tributos para empresas transnacionais, perdão fiscal que beneficiam sonegadores, e fraudes que trazem prejuízo aos cofres públicos.
Temos que apelar para a presidenta Dilma para que não macule seu governo e reorganize a Secretaria Nacional de Segurança Pública, ocupando-a com profissionais conhecedores da área e inicie a discussão sobre a criação do Ministério da Segurança Pública para organizar e planejar a segurança pública brasileira. Do contrário ficará marcada na história do Brasil pelo total abandono dedicado aos policiais.