A compreensão de parte considerável dos torcedores de futebol tem determinado um infindável número de vítimas e de situações escabrosas injustificáveis.
Semana sim semana não, em qualquer estádio de futebol, crimes menos ou mais graves ocorrem porque o torcedor colocou na cabeça que ir ao jogo serve para que ele descarregue suas frustrações e seu ódio irracional.
Acreditando estar seguro, num eventual anonimato no meio da torcida, age com a irresponsabilidade de tornar-se vítima de si mesmo.
Claro está que a culpa não fica restrita ao torcedor. Ele assiste, nos dias que antecedem aos jogos, provocações originadas na mídia, quando não por dirigentes despreparados, que adoram "ver o circo pegar fogo".
Ao invés de torcerem com racionalidade, da mesma forma como se enfrentam os profissionais, movimentam-se como uma turba enlouquecida. Com cantos infantis, com promessas de violência, constrangem aqueles que admiram e gostam (ou gostavam) de ir aos estádios.
Os doze torcedores que estão preso na Bolívia não jogaram a bomba em conluiu. É até possível que o autor do crime tenha fugido na hora que percebeu o que tinha feito. Porém, como houve uma pessoa assassinada, a Justiça daquele País vai trabalhar para condenar o autor ou autores do ocorrido.
Aqueles individuos estão tão desorientados que desejam que haja uma intervenção política para libertá-los. Afinal, na cabeças deles, estavam numa batalha defendendo seu clube. Nem presos e acusados de homicídio percebem a gravidade da situação que estão envolvidos.
Aos torcedores que transformam o futebol nesse fiasco que ora assistimos não lhes resta outra alternativa a não ser a prisão e o banimento dos estádios de futebol.
Quem usa a violência, armas, bombas e paus não saiu de casa para assistir futebol.
Por qual motivo a Polícia e o Ministério Público não desvendam a conivência entre dirigentes e torcidas? Qual interesse e vantagem que os Clubes recebem por financiá-los?