VANT x HERMES450? PF x FORÇAS ARMAS? Qual o real problema?

Durante a última campanha eleitoral a então candidata Dilma, a Presidenta, afirmou que o avião não tripulado VANT seria um programa de sucesso a ser ampliado e melhorado. O candidato Serra, ao contrário, falava na criação de um Ministério da Segurança Pública, anseio de todo policial brasileiro, e afirmava que o VANT estava estacionado e que não funcionava, apesar dos altíssimos investimentos realizados.
Após aqueles debates algumas revistas semanais, sistematicamente, tem denunciado o problema que afeta aquele programa, mesmo após dois anos da eleição da Presidenta Dilma.
Aqueles que não são familiarizadas com a área de segurança, que responsabilizam os policiais pela insegurança reinante no País, precisam ter consciência das dificuldades por quais passam para executarem suas atividades profissionais. Quando investimentos tão elevados, realizados na Polícia Federal, não evoluem imaginem o que passam as policiais estaduais frente a disputas internas e políticas para receberem investimentos. 
 
Notícia


 


"No início de 2011 o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou as investigações sobre irregularidades no andamento do Projeto VANT da Polícia Federal. O trabalho do TCU, conforme apurou a Agência Fenapef, teve como base denúncias colhidas no interior da própria PF. Sob o argumento de que os contratos e atividades correlacionadas seriam auditadas por aquela corte, a direção-geral do DPF determinou, em maio de 2012, o sobrestamento de todo do projeto, incluindo novas aquisições de aeronaves e equipamentos, formação de tripulações, compra de softwares específicos de imageamento e outras ações essenciais ao projeto.
De lá para cá o VANT da PF morre à míngua. A Revista Isto É, em sua edição de 28 de setembro de 2012 denunciou a sabotagem ao projeto. "Arquivos confidenciais e relatos obtidos pela reportagem indicam que o projeto de veículo aéreo não tripulado (Vant) corre riscos por causa da suposta conivência da atual cúpula da PF com interesses do comando da Aeronáutica, que estaria ligado ao lobby de uma fornecedora de Vants concorrente," diz a matéria. (Veja Matéria Completa)
VOA-VOA - Agora, com a proximidade das eleição de 2014, o governo iniciou a pressão para que, de qualquer maneira, o VANT do DPF volte a voar, mesmo que precariamente e sem produzir nada, o que de fato aconteceu.
Depois de 20 meses paradas, as aeronaves do DPF voltaram a funcionar em dezembro e janeiro últimos. Porém, voaram um total que não chega a 100 horas – menos de uma (1) hora diária na média – e basicamente para treinamentos dos pilotos. A decolagem das aeronaves, segundo apurou a reportagem, somente foi possível devido a um acordo entre o Ministério da Justiça e o fabricante Israel Aerospace Industries (IAI) para que a prestação de serviços de manutenção das aeronaves não tripuladas fossem realizadas sem ônus (de forma gratuita) para o DPF.
 
Devido a incompetência e para fugir da responsabilidade de negociar o futuro contrato de manutenção do Sistema VANT, a direção-geral do DPF teria encaminhado a minuta ao TCU para que este “assessore e avalize” o que será ou não contratado, o que deve demorar alguns meses.
 
 
 
 
 
Mesmo diante de fronteiras desguarnecidas e entregues ao contrabando e tráfico de armas e drogas as aeronaves vivem mais dentro dos hangares em São Miguel do Iguaçu (PR) do que no ar. Para dar uma resposta a sociedade o DPF chegou a dizer que os VANTs voarão sobre áreas na Bolívia para combater as plantações de coca. O problema, segundo uma fonte da Agência Fenapef, é que a curto e médio prazo não há condições mínimas para isto: faltariam instalações físicas, pilotos, autorização de uso de frequências, links de satélites e autorizações de sobre-voos. "Isso sem falar na falta manutenção das aeronaves e acordos operacionais com o país vizinho".
 
Mais do que vários milhões de dólares jogados pela janela, o projeto revela a falta preparo de alguns “gestores” da Polícia Federal para que o VANT do DPF volte a andar dentro do seu planejamento inicial: ser uma ferramenta tecnológica de alta capacidade operacional, com transmissão de dados e comunicações on-line para as equipes empenhadas em uma operação.
 
O pior é que pelo que tudo indica, o que seria mais uma ferramenta a ser utilizada pelo DPF para patrulhar as fronteiras e garantir a segurança dos jogos nas cidades da Copa do Mundo de 2014 pode se transformar em um grande fiasco. Enquanto isso, a FAB aproveita a oportunidade para colocar no ar os HERMES 450 comprados a peso de ouro e que ficam bem aquém da capacidade dos HERON I que deveriam ser utilizados pela Polícia Federal."