"Hoje, o salário básico de um professor com ensino médio no Rio Grande do Sul é de cerca de R$ 800 - o mais baixo do País".

Secretário do RS critica lei do piso: quem defende é irresponsável
09 de março de 2012

"Após uma decisão da Justiça gaúcha ter determinado que o governo do Rio Grande do Sul deve cumprir com o piso nacional do magistério, o secretário estadual da Educação, professor Jose Clovis de Azevedo, criticou em entrevista ao Terra a lei da forma como ela vigora atualmente: com reajustes baseados no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Eu acho que todo o agente público deve ser republicano, pensar a longo prazo e dar sustentabilidade aos seus projetos. O piso da forma como está não é real, é insustentável. Quem defende esse modelo não é responsável", disse o secretário ao criticar os parlamentares que são contra a alteração na fórmula de cálculo do reajuste....."

"...Hoje, o salário básico de um professor com ensino médio no Rio Grande do Sul é de cerca de R$ 800 - o mais baixo do País. O sindicato da categoria (Cpers) cobra os R$ 1.451,00 propostos pelo Ministério da Educação com o reajuste de 22% do Fundeb este ano. Segundo estimativa do secretário estadual, o impacto para as contas públicas seria de R$ 3 bilhões. "Não tem como o poder público sustentar um aumento anual desproporcional ao andamento da economia. Isso não é real, não é viável", afirma."

"...Azevedo também defende o governador Tarso Genro (PT), que assinou a lei do piso em 2008, quando fazia parte do ministério do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa proposta de reajuste pelo Fundeb surgiu no Congresso, não era uma proposta do governo. O MEC apresentou um projeto para mudar isso depois, mas ele ainda não foi aprovado", disse ao destacar que a "promessa de campanha" de Tarso ao defender o piso sempre foi feita com base no reajuste pela inflação."

"Segundo o secretário, na quarta-feira foi feita uma reunião entre o governo do Estado e a bancada federal para tratar da aprovação desse projeto no Congresso. "Tem uma grande ação política, que transcende ao meu papel, no sentido de viabilizar o piso. (...) Acredito que vai haver uma sensibilidade de todos para essa mudança (na forma de reajuste) que vai beneficiar os professores. De que adianta uma lei que os Estados não podem cumprir?", questiona."

Blog: constrangedora, definição respeitosa, a negativa e os argumentos usados pelo secretário.  Até onde irão negando os antigos comemorados avanços?