A Presidenta, a faxina e os ministros

Algumas pessoas que votaram na presidenta Dilma  ainda têm dúvidas sobre sua competência para administrar o Brasil. Aliás, grande parte sempre teve resistências ao chamado trabalho externo da mulher. Incrivelmente, até as próprias mulheres. São mães, administram o lar, as contas, na maioria das vezes os próprios maridos ou companheiros, mas, para muitos e muitas, ainda não têm competência para administrar empresas e gerir governos.
Segundo a mídia nacional, representada por jornalistas sábios e adivinhos, Dilma só é presidenta porque Lula a indicou. Poucos, quando não raros, são aqueles que acreditam que a indicação decorreu da intuição de Lula que viu Dilma trabalhando e demonstrando sua competência.
Nestes oito meses iniciais, após a queda do quarto ministro, a presidente Dilma tem se mostrado a altura do cargo que ocupa. Continua focada no projeto que a levou à presidência e não tem estremecido diante dessas crises reais e superdimensionadas pela garbosa mídia oponente.
Há não muito tempo, noutros governos, ministros eram trocados todos os dias e nós continuávamos vivos, assim como os projetos daqueles governantes. As crises eram de menor gravidade e pelo noticiado a corrupção já existia desde o descobrimento do Brasil.
Os governos Lula e Dilma não constarão da história  por terem sido mais corruptos do que aqueles que os antecederam. Mas serão conhecidos porque foi nestes governos que a mídia teve total liberdade para apurar e noticiar fatos e boatos. Governos que não intervém em suas instituições de ofício e onde o Poder Judiciário tem funcionado sem a pressão política do Planalto. 
Ao contrário do que tem afirmado os arautos midiáticos oponentes, nunca antes neste País tiveram  tanta liberdade para denunciar o que esta errado ou que parece. A corrupção detectada atualmente não é muito diferente daquela aqui chegada em 1500, ou aquelas ocorridas nos governos militares e civis antes dos petistas.
Dilma, a primeira mulher presidente, não o é porque foi escolhida por Lula. Está presidente porque, assim como FHC e Lula, foi eleita por ser a melhor alternativa de governante para nosso Brasil. Mesmo sendo mulher, o que para todo o brasileiro deveria ser uma segurança, executará um  excelente governo neste País. As conversinhas de que Lula voltará em 2014, ou que Dilma não aguentará as "guerrinhas" do Congresso Nacional, ou as quedas de ministros, não passam, para mim, primeiro, de discriminação  de ver uma mulher na presidência da república e, segundo, da constante e monótona tentativa de alguns para iludir os cidadãos e desestabilizar o governo.

Como ela vai continuar focada no trabalho buscando realizar, como disse no dia de hoje, a faxina da miséria onde se encontram dezesseis milhões de cidadãos, suspeito que atingirá seus objetivos independente das quedas de ministros e dos pseudos formadores de opinião. A mulher Dilma e mãe, ao que nos parece, sabe muito bem como fazer: política e astuta, técnica e rigorosa, assim como sempre desejamos.