A violência brasileira decorre da insegurança social e não da falta de polícia.

Precisamos entender alguns dados estatísticos que são referidos na grande mídia para compreender nossas condições de vida.


Noticias da última semana comemoram a redução da diferença de rendimentos entre ricos e pobres no Brasil. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  esta distância vem reduzindo. Em 2009 os mais ricos ganhavam 107 vezes mais do que os mais pobres e em 2011 passaram a ganhar 87 vezes mais.

Um abismo que demonstra o desequilíbrio social que enfrentam aqueles que são trabalhadores.

Outro dado absurdo é o que mostra que 10% dos mais ricos concentram 41,5% dos rendimentos da população ocupada. Enquanto que os 10% mais pobres ficam com apenas 1,4% dos rendimentos.

De acordo com dados da Pesquisa o rendimento médio mensal real dos brasileiros cresceu 8,3% em 2011 em relação a 2009, atingindo R$1.345,00.

No cenário mais geral da pesquisa, apesar da comemorada evolução, o Brasil segue ainda muito desigual.

O rendimento médio das mulheres foi de R$997,00 em comparação aos R$1.417,00 dos homens, com as mulheres ganhando em media o equivalente a 70,4% do rendimento dos homens.

Por outro lado a pesquisa apontou a queda na taxa de escolarização dos jovens de 15 a 17 anos, entre 2009 e 2011. Caiu em 85,2% a taxa de jovens matriculados nas escolas. Deixaram de estudar e vão para o mercado de trabalho para melhorar suas condições de vida. Abandonam os estudos e comprometem seu futuro já que estarão sempre disputando as vagas de trabalho de menor qualificação.


Isto é muito grave. Tão sinistro como a diferença existente entre ricos e pobres que obriga a juventude a buscar alternativas de sobrevivência quando deveriam estar preparando-se para um futuro digno encaminhado a partir da escolarização e da profissionalização.


Este é um alerta a todos os trabalhadores que necessitam entender as mudanças que ocorrem no País, assim como ter claro que qualquer melhoria   econômica sempre decorrerá da profissão do individuo. E para ter uma boa profissão é necessário uma melhor qualificação escolar. Fora da escola não há futuro.


Os trabalhadores devem exigir melhora dos governos, não devem acreditar em promessas e tapinhas nas costas. A resposta dos governantes deve ser imediata através de ações que melhore o transporte público, as escolas, as ruas, praças, e tantas outras necessidades humanas que lhes traga felicidade.


Enquanto esta diferença entre ricos e pobres continuar neste patamar teremos a violência rondando nossos vidas e nossos lares.