Os responsáveis pela segurança do STF, pelo
jeito, erraram na avaliação. Imaginaram que ocorreria uma grande invasão no
prédio do Tribunal e a possível presença de manifestantes agressivos favoráveis
e contras o julgamento dos réus. O julgamento, pelo reforço proposto, deveria
ser um grande evento popular tipo diretas já.
Emocionaram-se com a cobertura jornalística antecipada
que acirrava os ânimos de prós e contras acreditando que o povo, massa de
manobra dessa imprensa, iria perder seu tempo, abandonar suas atividades
normais para dar quórum num julgamento onde nenhuma novidade ocorreria.
E por que não haveria nada de novo. Porque os simpatizantes
do partido do governo continuarão acreditando que o julgamento é político e que
não houve nenhum mensalão Por outro lado seus opositores também não irão mudar
sua convicção de que o mensalão existiu e os petistas são mais corruptos do que
já foram os tucanos.
Como a justiça busca punir aqueles que demonstram
inadequação social ou burlam o pacto, assim como dar satisfação á sociedade, o
do mensalão, certamente, não atingirá seus objetivos.
Esta
muito mais parecida com uma grande produção cinematográfica: com seus atores
sentindo-se protagonistas de uma superprodução, mostrando sua melhor imagem as
câmaras e produzindo efeitos para que repercutam junto da população oprimida e
descrente que dá muito mais audiência as novelas televisivas com suas patéticas
aulas de sacanagem explícita, crimes e traições.
A notícia
Mariana Oliveira e Cíntia AcayabaDo G1, em Brasília. Seguranças reforçada nos arredores do STF em Brasília (Foto: Dida Sampaio/AE)
"O custo para reforçar a segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do processo do mensalão está estimado em R$ 320 mil, informou o tribunal.
No entanto, aditivo ao contrato de segurança assinado prevê gasto de até R$ 1,9 milhão em razão do incremento de 40 homens desarmados para o controle de entrada no prédio no período do julgamento.
As informações foram obtidas pelo G1 com base na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em maio e determina a transparência de dados públicos. A reportagem recebeu a informação dois meses após a solicitação por meio da Central do Cidadão, criada para o cumprimento da nova lei.
O contrato assinado pelo Supremo em fevereiro de 2011 com a empresa Esparta Segurança para terceirização do serviço de vigilância prevê a atuação de 300 homens na segurança do tribunal até fevereiro de 2013, com custo total de R$ 13,7 milhões.
Dois aditivos feitos neste ano ampliaram o valor do contrato para R$ 14,5 milhões em razão de reajuste salarial da categoria e do auxílio-alimentação, correção do adicional do risco de vida, entre outros.
Um novo aditivo, assinado em julho de 2011, estipulou o acréscimo de 40 profissionais no posto de trabalho de vigilante desarmado pelo período de 2 de agosto a 1º de outubro, justamente a previsão inicial de duração do julgamento.
Com a possibilidade de a ação penal terminar somente em novembro, o período do aditivo poderá ser prorrogado. Segundo resposta da Central do Cidadão assinada pela Secretaria Geral da Presidência do Supremo, o montante de R$ 1,9 milhão "não será necessariamente utilizado na sua totalidade".
"Nos meses de agosto e setembro, estima-se despesa de R$ 320 mil com o pagamento de mais 40 vigilantes para reforço da estrutura de segurança durante o julgamento da AP 470. Esse contingente soma-se aos 300 vigilantes já existentes", informou a resposta."