Campanha de compra de armas ou campanha de desarmamento?

Opinião - Estabelecer que o processo de compra de armas, pelo Poder Público, significa implementar uma campanha de desarmamento deve induzir os cidadãos a um aprendizado equivocado. Os riscos ocasionados pelo excesso de armas de fogo circulando entre as pessoas deve ser um aprendizado decorrente de campanhas maciças, regulares e permanentes que conscientize o cidadão de que a arma de fogo não lhe traz nenhuma garantia e, na maioria das vezes, facilita o armamento de jovens criminosos. O número de armas que serão vendidas ao Estado não garantirá um novo processo educacional aos cidadãos. Aqueles que acreditam que a arma lhe oferece segurança continuarão se armando já que não serão sensibilizados por este processo.
Notícia
As armas que forem devolvidas na campanha nacional de desarmamento, cujo início é previsto para 6 de maio, serão inutilizadas na frente do cidadão, na mesma hora. Esse e outros detalhes foram divulgados pelo Ministério da Justiça após a primeira reunião do conselho responsável pela campanha, formado por representantes do governo federal e da sociedade civil.O conselho que cuida da campanha ainda vai definir como será feita a inutilização. Uma das opções mais cogitadas é o uso de uma marreta. Depois de inutilizadas, as armas serão encaminhadas à Polícia Federal para o descarte total, que poderá ser feito por meio da queima em fornos industriais de alta temperatura. A campanha deste ano tem como novidade a não obrigatoriedade do cidadão em se identificar e a indenização, entre R$ 100 e R$ 300, ser entregue no momento da devolução da arma, em forma de protocolo para posterior retirada no Banco do Brasil. Além das delegacias de Polícia Civil, de batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e das unidades das Forças Armadas, Igrejas e organizações não governamentais vão funcionar como postos de coleta de armas. O Ministério da Justiça vai credenciar as igrejas e organizações que poderão receber as armas. Cada local terá a presença de policiais. Com o apoio dessas entidades, o governo federal quer facilitar a entrega de mais armas por parte dos brasileiros. A lista com as igrejas e organizações autorizadas será divulgada na página do ministério na internet.Matéria retirada de ZH,19/04/11.