O Fato
O Senado do
Paraguai aprovou (21/06) por ampla maioria o impeachment do presidente Fernando Lugo.
Foram 39 votos a favor e 4 contra, e 2 ausente, após um processo relâmpago que
durou menos de 48 horas.
"A parlamentares brasileiros, os paraguaios defenderam a legitimidade do processo que derrubou Lugo do poder. Segundo eles, o presidente impedido teve o prazo constitucional para defesa. " Site Terra.
A Versão do Parlamento paraguaio
"Deputados e senadores paraguaios se encontraram nesta terça-feira com parlamentares brasileiros para dar explicações sobre o processo de impeachment-relâmpago ocorrido no Paraguai na semana passada. Além de rechaçar o processo como golpe, eles acusam Caracas de tentar aproveitar o clima político ruim do Paraguai com os vizinhos para conquistar a vaga de membro pleno do Mercosul."
"A parlamentares brasileiros, os paraguaios defenderam a legitimidade do processo que derrubou Lugo do poder. Segundo eles, o presidente impedido teve o prazo constitucional para defesa. " Site Terra.
Os Protestos do membros do Mercosul e Unasul
Argentina, Presidente Cristina Kirchner: "Sem dúvidas houve um golpe de Estado" no Paraguai, e considera que isto "reedita situações que acreditávamos que estavam absolutamente superadas na América do Sul e na região em geral."
Uruguaio, José Mujica: "afirmou que estava "profundamente entristecido" pela destituição de Lugo.
Bolívia, Evo Morales, assegurou que "não reconhecerá um governo que não surja das urnas e do mandato do povo."
Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu "calma" e advertiu que "estes procedimentos legais não devem ser usados para abusar de certa forma do poder, ou, pelo menos, os requisitos básicos ao devido processo devem ser respeitados".
Peru, Ollanta Humala, classificou a destituição de Lugo como uma "derrota para o processo democrático na região".
"O Equador a República Dominicana e inúmeros outros países da região também já se pronunciaram afirmando que não reconheceram a legitimidade deste governo.
O presidente cubano, Raúl Castro afirmou: "Foi um golpe. Usaram o Parlamento e a maioria reacionária que têm ali (no Paraguai)", comentou. O general Castro também advertiu que os golpes de Estado voltaram à América Latina, mas "disfarçados", e assinalou que os últimos eventos no continente não o surpreendem." Site Terra
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou que é "inaceitável a rapidez do julgamento político contra o presidente constitucional e democraticamente eleito", afirmou em um comunicado a Comissão, órgão autônomo da Organização de Estados Americanos (OEA), ao destacar que o procedimento "afeta a vigência do Estado de Direito no Paraguai".
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou que é "inaceitável a rapidez do julgamento político contra o presidente constitucional e democraticamente eleito", afirmou em um comunicado a Comissão, órgão autônomo da Organização de Estados Americanos (OEA), ao destacar que o procedimento "afeta a vigência do Estado de Direito no Paraguai".
O Brasil, através do ministério das Relações Exteriores, afirmou que condena o impeachment do presidente Fernando Lugo. A nota diz ainda que o Mercosul e a Unasul avaliam medidas a serem aplicadas devido à ruptura da ordem democrática, mas afirma que o governo brasileiro não tomará medidas que prejudiquem “o povo irmão do Paraguai”. Além disso, a nota não afirma se o Brasil reconhece ou não a legitimidade do novo presidente, Federico Franco, empossado após o golpe. Uma postura mais critica e protagonista, como a adotada pelo presidente Lula na ocasião do golpe de Honduras, parece não ser o caminho escolhido pelo governo Dilma. Qual a estratégia que a presidenta Dilma adotará, se assumirá uma posição de protagonismo nesta crise, mas de forma mais discreta ou se relegará tudo ao Itamaraty e a diplomacia é uma questão em aberto." Blog Aldeia Gaulesa.
E o povo paraguaio não irá se manifestar? Lá não existe juventude, lideranças e partidos de esquerda? Estarão todos intimidados pelo Parlemento?