Mensalão I - O Julgamento

O Ministro Relator condena e o revisor absolve. Enquanto isso os partidos de oposição ao governo alvoram-se pedindo justiça e os partidos coligados ao executivo afirmam que não existe elementos probatórios dos crimes a que são acusados alguns políticos.
 
Por mais realista que possa ser um simpatizando do partido dos trabalhadores ele nunca teria imaginado que estaria obrigado a defender individuos acusados de práticas de malversação do dinheiro público. 

Estando o julgamento na instãncia superior do Poder Judiciário brasileiro não há como crer que o julgamento cometerá injustiça aos acusados. Por mais que tenhamos nossas suspeitas sobre juízes e julgamentos não podemos desacreditar nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal. 
 
É incongruente que aqueles que defendem a transparência e a correta aplicação do dinheiro público se vejam envolvidos na dúvida de saber se houve desvio de verbas ou se apenas ocorre a disputa político partidária pelo poder político.
 
A Polícia, o Procurador Geral e o Relator do STF afirmam que os crimes aconteceram. Os defensores e os réus negam as práticas criminosas e afirmam não ter usado dinheiro público. Falam em dinheiro para campanha e caixa dois.
 
Tem restado a quem se interessa pelo julgamento e pela verdade o posicionamento que decorre pela proximidade ou simpatia política ao governo ou por sua oposição, já que o debate jurídico não tem se prestado para maiores esclarecimentos.  
 
Parece que o julgamento chegará ao fim sem que a verdade seja trazida de forma clara e transparente. Já se sabe que existe a  condenação popular dos acusados, independente da decisão jurídica. Assim como se constata na rua que essa condenação já faz com que o governo petistas e seus coligados estejam sendo vistos da mesma forma como eram percebidos aqueles que hoje estão na oposição.
 
Caso tudo assim persista o atual momento político nacional constara da história como mais um em que, igual aos anteriores, trouxe avanços sociais mas manteve a política que brinda alguns privilegiados ocupantes de cargos públicos que deles se beneficiam para atender interesses particulares.
 
Vamos continuar acompanhando o julgamento para sabermos se algo mudou na gestão pública nacional.