O espetáculo da justiça midiática é que ela condena antes de julgar.

A imprensa nacional "denunciou", com muita ênfase, a culpa da ex-ministra. Agora noticia, de forma modesta, seu não julgamento pela total inexistência do crime que a acusaram.
Pela imprensa foi condenada e irá cumprir a pena pelo resto da vida. Mas os nobres acusadores midiáticos estão felizes com seu "direito de informar", inclusive, mentiras.

A mentira

"Revista afirma que filho de Erenice Guerra cobrou propina; ministra nega
'Veja' diz que ele intermediou contrato dos Correios com empresa.
Em nota, ministra afirma que acionará revista judicialmente."
11/09/2010-G1
A verdade

"A Justiça Federal em Brasília acatou recomendação do Ministério Público Federal e arquivou o inquérito que apurava suposto tráfico de influência na Casa Civil durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra. A decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, foi decretada na última sexta-feira (20), um ano e nove meses após a abertura das investigações.


Braço-direito de Dilma Rousseff à época em que a presidente comandou a Casa Civil, Erenice Guerra sucedeu a petista na pasta às vésperas da campanha presidencial de 2010. À frente do principal ministério do governo, Erenice se tornou alvo de uma série de denúncias de suposto favorecimento de empresas em troca de propina. As suspeitas também atingiram servidores da Casa Civil e o filho da ex-ministra Israel Guerra, empresário do setor de consultorias.


Desgastada pelas denúncias, Erenice acabou deixando o cargo em 16 de setembro de 2010, em meio à disputa eleitoral. A ex-ministra, contudo, sempre negou as acusações contra ela. Na nota em que comunicou seu afastamento da Casa Civil, ela afirmou que deixava o cargo para ter "paz e tempo" para se defender e colocou à disposição seus sigilos telefônico, bancário e fiscal.

O parecer da procuradora da República Luciana Marcelino, que sugeriu o arquivamento do inquérito com oito volumes, foi apresentado à Justiça Federal no dia 10 de julho.
Segundo o advogado da ex-ministra, Mário de Oliveira Filho, a decisão do MPF de não apresentar denúncia contra Erenice teria se dado em razão das provas coletadas pela Polícia Federal).

"As provas demonstraram, categoricamente, que a ex-ministra não cometeu crime algum. Provas testemunhais, perícias da PF e documentos oficiais da Receita Federal comprovaram a inocência dela. Os dados foram cruzados e tudo aquilo que foi alegado contra ela virou fumaça". G1 BSB


A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar."
( Martin Luther King )